Algodão doce para todos as meninas e meninos.
Para as minhas netas lindas.
Para a Irene, para o Emercindo, para os filhos da Adélia, para os sobrinhos dela, para os meninos do Monapo, de Netia e de Nacaroa...
Para as meninas e meninos de Nampula, da Ilha...da Praia das Chocas enfim para todos vai este algodão doce do céu de Nampula, tão fofinhoooooo
NUVEM DE ALGODÃO “DOCE”
(Cláudia Liz)
Nesses versos vou agora
Fazendo o passado voltar,
Recordando a tua infância,
Brincando de adivinhar.
Olha só!... veja no céu
A nuvenzinha a correr
Que parece um carneirinho
Ou um pássaro a descer.
Bem branquinha,
Bem fofinha,
Corre, brinca de esconder.
Voa, Voa, corre, corre...
Nem dá tempo de eu ver!
Parece algodão doce.
Dá vontade de comer.
Um pirulito, um cachorrinho...
Em todas nuvens posso ver.
Vem aqui brincar comigo
De nuvenzinha admirar!
Brincadeira gostosinha,
Nuvenzinha adivinhar.
Parar para pensar....
Foi aqui que parámos a caminho de Pemba, não para pensar mas para descansar.
Esplanada escondidinha, o sítio ideal para pensar...aqui, tão longe e tão perto.
Longe de uns, perto de outros.
Parar para pensar....
Mal nascemos, sem dar conta percebemos
Que o nosso tempo começou e, por agora, não vai parar
E devagar gatinhamos, depois passo a passo caminhamos
Caindo, sorrindo, chorando mas, sem parar para pensar
E à medida que o tempo passa, damos conta que crescemos
E à nossa volta, a novidades nos fazem habituar
Brincamos, sorrimos, dormimos e até corremos
Na ânsia de aprender mas, sem parar para pensar
Já na escola, de outra forma aprendemos
E mais informação põe o cérebro a funcionar
Com coisas novas que em grupo desenvolvemos
Onde nem sequer há tempo de, parar para pensar
Anos depois surgem ventos de mudanças
E o corpo torna-se diferente e ímpar
E vamos fazendo as nossas próprias experiências
Muitas vezes, sem parar para pensar
E anos mais tarde quando nos tornamos grandes
Surge a nostalgia e a vontade de voltar
E é nesses tempos mais ou menos distantes
Que nos lembramos de, parar para pensar
E agora, numa competição e sempre a correr
Desde o nosso brusco acordar até ao deitar
Vemos em pleno a nossa vida a amadurecer
E por isso não temos tempo de, parar para pensar
E corremos de manhã para o ganha-pão
Continuamos a corrida ao almoço e ao jantar
E a correr vamos por um sonho ou por alguém
Onde poucas vezes, paramos para pensar
Depois, vivemos a vida para os outros
Porque acreditamos e confiamos na palavra Amar
Mas, até esses que no fundo são bem poucos
Ás vezes também não nos deixam, parar para pensar
Lutamos depois por pensamentos e ideais
Aqueles sobre os quais ainda ousamos sonhar
Voltamos a cair, levantamo-nos, e cada vez mais
Nos vai faltando o tempo de, parar para pensar
Em horas de revolta contra o que não está certo
Ganhamos forças e coragem para denunciar
Mas, os medos da ruptura pairam bem perto
E silenciam o nosso, parar para pensar
E quando os que nos amam, nos vão deixando
Um a seguir ao outro e ás vezes até sem contar
Nesses tempos de dor choramos, meditando
Que muitas vezes por eles, não paramos para pensar
Os anos vão-se passando e os tempos mudando
O corpo torna-se frágil, com pouca força para andar
E empurram-nos para um qualquer canto hediondo
Onde não ouvem o nosso delicado, parar para pensar
Mas, um dia acaba a corda do nosso relógio
Chega também o nosso tempo de findar
É nessas horas que, dizem os entendidos
Enfim, finalmente estamos parados para pensar !
Paulo A. Santos / Setembro de 2004 / no Luso Poemas
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