Jardins do Nairuco - Nampula
O pássaro de fogo
Esquecer...
Bem que eu queria ó pássaro de fogo...
Fogo ardente queima em mim...!
És fogo sou fênix do bico dourado...
Choro o amor do passado,
Que em mim não passou...
Doces lembranças d’alma insana,
Surgem das cinzas de um fogo apagado
O pássaro de fogo ressurge enfim!
Falar compassado... Medido, provado...
Vôo alçado para aquém do presente...
Enlevo..., doçura, estás a minha frente
Procuro tocar-te, em vão alcançar-te...
Falho no tato... Como sentir-te?
Tuas asas bateste reflexo dourado...
Banhei-me em teu brilho...
Dourada fiquei...
Na quente areia d’uma praia distante
Fui feliz por um instante...
Logo... Acordei!
EstherRogessi. Versos Livres: Pássaro de Fogo.
in Luso Poemas
Coqueiros balançando na Praia da Carrusca . Chocas
O Vento Balançava As folhas Dos Coqueiros...
Caminhou lentamente rente as ondas
Deixando um rastro sinistro para trás
Parecido a um labirinto de conchas
Tatuadas em corpos coloridos de corais.
O vento balançava as folhas dos coqueiros
Apagando as pequenas pegadas pelo chão
Redemoinhando pelos pêlos e os cabelos
Anunciando que vinha chegando a viração.
Nada levava além dos sonhos e fantasias.
Não mais sentia aquela ânsia da espera.
Sem aquele jogo sôfrego das quimeras;
Sem os confortos mágicos das poesias.
Junto a um mosaico de porosas pedras
Descansou por mais de um momento.
Fez uma boa morada e acampamento
Isenta de muralhas, portais e janelas.
Esperou que findasse mais um dia de sol
Fitou o ocaso num espetáculo da natureza
Lançou em noite calma sua linha e anzol,
Afinal ele era um pescador... De estrelas!
Gyl no Luso Poemas
O céu de Nampula - Moçambique
As nuvens
Movem-se soltas, vagas,
Com ausência de cor ou acinzentadas;
Unem e desunem seus braços
Cúmplices, preenchendo espaços.
Roubam olhares, arrastam pensamentos,
Seguindo seu rumo dependente dos ventos.
E, como em muitos outros momentos,
Também aqui me cativam o olhar!
E o quanto me fazem pensar...!
Em que penso? Perguntarás retoricamente...
Não sei...talvez! Penso no que, provavelmente,
Também tu paraste para pensar,
Ou pensaste inconscientemente
Tentando não pensar...
Eu limito o meu pensamento em ti, em mim,
No «nós» que outrora fomos
E no que agora somos...
E dou por mim esquecendo o suposto fim
E revivendo o meio que geramos...
E penso e repenso nas palavras que dissemos,
No perto que estivemos
E no longe em que estamos...
Earnshaw http://www.luso-poemas.net/
Como te chamas, pequena chuva inconstante e breve?
Como te chamas, dize, chuva simples e leve?
Tereza? Maria?
Entra, invade a casa, molha o chão,
Molha a mesa e os livros.
Sei de onde vens, sei por onde andaste.
Vens dos subúrbios distantes, dos sítios aromáticos
Onde as mangueiras florescem, onde há cajus e mangabas,
Onde os coqueiros se aprumam nos baldes dos viveiros.
E em noites de lua cheia passam rondando os maruins:
Lama viva, espírito do ar noturno do mangue.
Invade a casa, molha o chão,
Muito me agrada a tua companhia,
Porque eu te quero muito bem, doce chuva,
Quer te chames Tereza ou Maria.
poema "Chuva de Caju" de Joaquim Cardozo, 1936
Também eu gostava agora de uma chuva de cajú...nem precisava de ser chuva, bastava um...
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