De momento não tenho foto disponível para ilustrar este poema de Noémia de Souza.
Achei este poema muito lindo e resolvi postar no blogue.
Gostava imenso de ter um ou outro comentário dos meus estimados leitores e visitantes, não só acerca do poema mas também sobre o blogue em geral.
Assim me sentirei incentivada a continuar,
Fico a aguardar
Se me quiseres conhecer,
Estuda com olhos de bem ver
Esse pedaço de pau preto
Que um desconhecido irmão maconde
De mãos inspiradas
Talhou e trabalhou em terras distantes lá do norte.
Ah! Essa sou eu:
órbitas vazias no desespero de possuir a vida
boca rasgada em ferida de angustia,
mãos enorme, espalmadas,
erguendo-se em jeito de quem implora e ameaça,
corpo tatuado feridas visíveis e invisíveis
pelos duros chicotes da escravatura…
torturada e magnífica
altiva e mística,
africa da cabeça aos pés,
– Ah, essa sou eu!
Se quiseres compreender-me
Vem debruçar-te sobre a minha alma de africa,
Nos gemidos dos negros no cais
Nos batuques frenéticos do muchopes
Na rebeldia dos machanganas
Na estranha melodia se evolando
Duma canção nativa noite dentro
E nada mais me perguntes,
Se é que me queres conhecer…
Que não sou mais que um búzio de carne
Onde a revolta de africa congelou
Seu grito inchado de esperança
de Noemia de Souza
Depois de uma pausa para trabalhos de fim de Verão volto ao blogue com saudades deste Mar da Praia das Chocas.
"As ondas quebravam uma à uma
Eu estava só com a areia e com a espuma
Do mar que cantava só p’ra mim"
Sophia de Mello Breyner Andresen
Mulher Moçambicana
Sou chama duma fogueira,
Acendida à beira mar;
Com essência de palmeira,
E pedaços de luar.
Cresci nos contos da esteira,
Como princesa a sonhar;
Que alça a sua bandeira,
Com os dois braços no ar.
Sou mulher moçambicana,
Tecida em negro tear;
Com fios de capulana,
Que ninguém pode quebrar.
Meu seio é terra plana,
Em contínuo germinar;
O gozo de ser mamana,
De dar vida até findar.
Levo à cabeça a canseira,
Do meu povo a caminhar;
Em direcção à fronteira,
Que vence o medo de amar.
Minha dança é feiticeira,
Enfeitiça cada olhar;
Finge-se de prisioneira,
Só p’ra poder cativar.
de João Nascimento (Pe.)
Lindo poema este, cheio de significados em cada verso, adorei!
Pouca coisa é necessária para transformar inteiramente uma vida: amor no coração e sorriso nos lábios.
Martin Luther King
O sorriso enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores.
Mário Quintana
O sorriso que ofereceres, a ti voltará outra vez.
Abílio Guerra Junqueiro
Moçambique é isto:
Amor no coração e sorriso nos lábios
Sei que existem muitas espécies de moreias e que a grande maioria habita águas costeiras em regiões tropicais, em especial nos recifes de coral.
Disseram-me que estes seres habitam mares coralinos de águas mornas ou quentes e que de noite aparecem na costa sem receio.
Nem sei bem se estes exemplares observados na Praia de Fernão Veloso em Nacala Moçambique serão mesmo moreias.Assim lhe chamaram os que vivem nestas paragens.
Sei que foi um espectáculo naquela noite.
Depois de jantar convidaram-nos a ir até à beira mar ver as moreias.
E lá fomos.
Não andámos muito já que estávamos mesmo ali ao pé do mar.
Pegámos nas lanternas e nas máquinas fotográficas e lá fomos...
E foi isto que se pode ver nas fotografias.
As moreias escolhem a noite para se deliciarem nas águas rasas e quentinhas.Penso que devem vir à procura de algum alimento, resto de peixes e crustáceos.
Seu nome cientifico é Gymnothorax moringa.
Pertence a família Muraenidae São solitárias e permanecem entocadas durante o dia vigiando os arredores.
Estes animais, ao contrario do que se acredita, não são agressivos. São tranqüilos e apenas se defendem quando se sentem atacados.
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