Duas peneirinhas da Praia das Chocas
Estes cestos muito engraçados e enfeitados com areia e conchas da Praia das Chocas são recordações que podem trazer de lá.Estão ao dispor em frente ao complexo turístico do Helder onde além destes encontrarão mais objectos autênticas obras de arte em conchas.
Coisas maravilhosas...
Tudo em Chocas Mar - Praia das Chocas - Mossuril - (Província de Nampula) Moçambique
No povo Macua utilizam-se cestos de vários tamanhos e feitios nos trabalhos domésticos e agrícolas.É uma tradição antiga deste povo que ainda hoje perdura.
Como é o caso das peneirinhas para peneirar a farinha e que têm uma característica interessante na maneira como são executados.
São redondos e o fundo é tecido entrecruzado.
Podem ser tecidos em diagonal, em ziguezague, de quadrados concêntricos, rectângulos concêntricos e de espirais.
Estes cestos redondos têm sido objecto de estudo de muitos especialistas em cestaria pela maneira como são tecidos e confeccionados.
Eis alguns exemplos de entrançados de quitungo, quitundo ou peneirinha
Quanto ao nome do cesto também se pode chamar epadge.
Caracteriza-se por um fundo entrecruzado que é entalado entre dois aros apertados em vários pontos formando uma borda rígida.
Foto da Dalila
O Céu de Nampula
Olhando o céu
Poesia de Moacir Sader
Praia das Chocas
Areia branca e fina, Mar turquesa e Céu azul, uma beleza de efeito calmante e duma tranquilidade incomparável.
Foto de Dalila
ENTRE AS AREIAS E O MAR
Entre as areias e o mar viaja
o teu olhar. O teu corpo respira
com os sinuosos traços das vagas
e as sensações e a doçura e a ira
São a própria luz feita desejo.
O meu ópio será os teus anseios
e as palpitações de teus lábios
os gritos das gaivotas e os teus,
na fusão lúdica do sémen e dos rios.
Na confrontação devorado é o desejo
e enquanto a paixão parte, voa
o espírito em busca de outros sóis.
de Virgílio de Lemos
Muito há que dizer sobre esta arte muito vulgar na Província de Nampula,
Encontram-se os mais variados artigos feitos de palha entrançada e muito bem trabalhada geométricamente.
Desde as esteiras , peneirinhas e outros utensílios de pesca e uso doméstico trabalham em cestaria com a maior perfeição.
O Moçambicano tem espírito criativo e artístico em todas as áreas.
Em Nacala encontrei estas peças:
Artigos expostos no Bay Diving
Estes artigos são para uso da Pesca actividade marcante em Nacala terra de pescadores, onde há uma perfeita harmonia entre o mar e a terra.
A arte é sempre uma presença do espírito.
Nesta região encontra-se entre outros o secular trabalho de arte e artesanato em pau-preto (ébano) é um autêntico símbolo artístico da província de Nampula, onde também se destaca o artesanato utilitário em palha e sobretudo mobiliário em madeira trabalhada, rendilhada, a fazer recordar influências árabes, portuguesas, hindus e mesmo chinesas.A arte de esculpir a prata também é caractrística deste povo além de outros materiais agora em uso pelos artesãos.
De notar a influência da vida do dia a dia nas suas obras de arte dando grande importância à mulher.
Encontrei várias formas de arte nesta viagem mas nem todas pude trazer em fotos.
Deixo apenas algumas para recordação.
Em Nampula encontrei esta originalidade de aproveitamento de materiais.(Latas.caricas, arame etc.)
....
Uma bonita manhã sei que despertarei
Diferente de todos os outros dias
E o meu coração livre enfim do amor
E no entanto,
Sem remorso, sem uma lamentação partirei
e seguirei sem esperança de regresso
.................................................................................
Partiu um filho de Nampula e o "Mokala" está de luto.
Que esteja em Paz
Poema
Se eu morrer de manhã - de Rosa Lobato Faria
"Se eu morrer de manhã
abre a janela devagar
e olha com rigor o dia que não tenho.
Não me lamentes. Eu não me entristeço:
ter tido a morte é mais do que mereço
se nem conheço a noite de que venho.
Deixa entrar pela casa um pouco de ar
e um pedaço de céu
- o único que sei.
Talvez um pássaro me estenda a asa
que não saber voar
foi sempre a minha lei.
Não busques o meu hálito no espelho.
Não chames o meu nome que eu não venho
e do mistério nada te direi.
Diz que não estou se alguém bater à porta.
Deixa que eu faça o meu papel de morta
pois não estar é da morte quanto sei."
ROSA LOBATO DE FARIA
Eu continuo na minha que a famosa "Mangueira sagrada" é esta.
Para a localizarmos lembro que a dita ficava junto a um campo de basquete ao lado da piscina, ou melhor, entre o campo e as traseiras da cantina.
Nesta foto da esquerda para a direita vê-se a piscina, a seguir o campo de basquete e depois as traseiras da cantina.
Eu sou do tempo em que a escola ainda não estava construida e este espaço era só vegetação.Servia de passagem para umas casas de amigos meus.Então aproveitavamos os intervalos e brincavamos e passeávamos aqui.Lembro-me perfeitamente e deve haver pessoas desse tempo que como eu se lembrarão.
Nada é por acaso
Tudo na vida tem um propósito...
Por mais simples que possa parecer nada acontece por acaso.
Seja uma folha que cai, um simples pássaro que voa ou uma pedra no caminho.
Tudo tem uma razão, um motivo,um propósito...
Seria um acaso, um dia, há muitos anos algures numa praia do Algarve encontrar entre muitas conchas esta que se vê na foto e guardá-la até hoje?
Seria por acaso que nesta viagem a Moçambique tenha encontrado na Praia das Chocas algumas pedras e ter guardado esta que trouxe para casa?
Chegando a casa e colocando uma peça ao pé da outra reparei que encaixavam como se tivessem sido feitas uma para a outra.
E lá estão elas aconchegadinhas.A pedra da Praia das Chocas e a concha de ostra da Praia dos 3 Pauzinhos de Vila Real de Santo António.
O que isto significará?
Tinha guardado a concha para que agora recebesse o aconchego da pedra da praia.
Ambas do mar, uma união que eu quero guardar comigo para sempre.
Um acaso?Uma coincidência?
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