Percorri algumas ruas que serviram de palco a momentos da minha vida.
Cidade de Nampula, "A Linda Feiticeira" do Norte de Moçambique.
Na Rua Cidade de Moçambique onde vivi nesta casa.
Minha rua - de Carmen Lucia
Lá na minha rua eu podia ser tudo...
Bandida, mocinha, princesa, rainha...
E quando vencia qualquer brincadeira,
Eu era aclamada de "a heroína"!
Lá na minha rua eu podia ser tudo
Ter asas, voar, ser um passarinho...
Em árvores pousar, construir o meu ninho,
Cair, machucar e voltar a sonhar.
Ser bruxa malvada, uma feiticeira,
Pular e gritar ao redor da caldeira
Ver olhos de espanto de uma criançada,
Fugindo correndo da tal caldeirada.
Lá da minha rua eu podia ver tudo,
Um céu pintadinho de estrelas-cadentes,
A lua pertinho do final da rua,
Piscando, sorrindo, mostrando-se nua.
Lá na minha rua deixei registrada
Uma infância feliz, onde podia tudo,
Rua de pedrinhas, de luz, de brilhantes...
Rua dos meus sonhos, meu marco, meu mundo!!!
Rua das Flores
e mais, muitas mais ruas...
A acácia do Parque Felgueiras e Sousa
O Parque ficava e fica, nas traseiras da casa.
Ainda me lembro de andarem a fazer este parque e a plantarem as árvores.
Mais tarde fiz o uso devido ao parque e tirei o melhor partido dele.
Fica o pensamento!
"Os ventos que às vezes levam algo que amamos são os mesmos ventos que nos trazem algo que aprendemos a amar.
Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado, e sim aprender a amar o que nos foi dado, pois tudo que é realmente nosso o vento nunca irá levar."
Reviver lugares
Acompanhámos os amigos Raul e Luis Damas que queriam reviver o seu tempo de alunos da Escola do Ensino Primário onde começaram a sua vida de estudantes.Lembrei-me da minha primeira escola em Moçambique:A Escola do Ensino Primário Tenente Viriato de Lacerda no Mossuril.
Foi aí que comecei o meu percurso escolar.Vivia então, em Saua Saua.
Sinto o cheiro da sala abafada e do quadro cheio de giz.
Lembro a minha ardósia (lousa) onde fazia os meus desenhos que tinha que os apagar para depois voltar a usar a ardósia.Que pena eu tinha dos desenhos!!!!
Esta é a Escola Roberto Ivens de Nampula.
Hoje Escola Completa frequentada por imensos alunos.Cerca de 70 por turma imaginem!!!!!
Como Professora do Ensino Primário que fui durante 33 anos e 3 meses não pude ficar indiferente ao que encontrei aqui e às dificuldades e problemas com que estes professores convivem.
Enquanto conversava com os meus colegas de profissão reparei nos mapas na parede da escola.
São do meu tempo ainda.
Nesta foto alguns professores da Escola e o Professor Ângelo Carlos Director Pedagógico da Escola com quem troquei algumas ideias e falámos de como vencer algumas dificuldades no ensino(aprendizagem.
Por sinal este colega é natural de Netia
Na despedida e para ficar sempre na lembrança a boa camaradagem deste momento ficou esta foto.
Saudades, gente!
Logo a seguir ao CNSV fica o Colégio Vasco da Gama, na época o Colégio dos rapazes.
Hoje é também pertença da Universidade Católica de Nampula.
Os dois colégios ficavam separados por uma horta a cargo das Irmãs.
Horta essa que era interdita a alunas (?) sabe-se lá porquê!!!!!
Este post homenageia todos os que por aqui passaram.
Estou neste momento a recordar as belas tardes de sábado a ver filmes do Cine Clube e dos jogos entre os colégios e a EIC aqui no Colégio Vasco da Gama.
Belos tempos!
O Colégio de Nossa Senhora das Vitórias é hoje a Universidade Católica de Nampula.
Este Colégio em Nampula era das Irmãs franciscanas de nossa Senhora das Vitórias, Congregação fundada pela Irmã Wilson em 15 de Janeiro de 1884 na Ilha da Madeira.Chegaram a Moçambiuqe as primeiras Irmãs desta Congregação em 13 de Julho de 1938 (apenas 12 elementos).
O Colégio de Nampula estava vocacionado para o Ensino e também, a partir de uma dada altura, para acolhimento de raparigas estudantes de outros estabelecimentos de ensino da cidade em regime de semi-internato.Mais tarde deu origem à criação do Lar Familiar.
Foi neste regime de semi internato que eu me mantive neste Colégio em Nampula durante mais ou menos uns 4 anos.Vivi também em casa de familiares.
Gostaria de ter visitado o Colégio, hoje Universidade Católica, mas não me foi possível.
Limitei-me a umas fotos rápidas ao exterior.
Todos os Domingos se realiza em Nampula a feira do Pau Preto.
Inicialmente esta feira era dedicada ao artesanato local feito com Pau Preto.Depois tornou-se uma feira de artesanato variado passando de seguida para feira de carácter geral.Vende-se tudo.
Logo pela manhã bem cedinho começa a azáfama.
Chegam pessoas de todos os lados..
Cadeiras, cestos, malas, comida, bebida, roupa e calçado, utensílios de vária ordem, aparece de tudo para vender.
A cidade de Nampula para mim tem significado muito marcante na minha formação.
Estudei nesta cidade passando pela Escola do 1º Ciclo D. Filipa de Lencastre, Colégio S. António (da D Dulce Pechincha), ETE (Escola Técnica Elementar) e depois EIC (Escola Industrial e Comercial Neutel de Abreu), passando também pelo Colégio Nossa Senhora das Vitórias.Muitos anos de estudante em Nampula.Os mais significativos anos da vida de uma pessoa, já que nestas idades se adquirem os valores morais e cívicos e se definem ideais e traçam objectivos nas nossas vidas.Foi muito bom voltar a Nampula como já disse.
Reviver todo esse tempo foi maravilhosamente gratificante,
Visitar a Província de Nampula é conhecer o berço da cultura macua.
Visitar a Cidado com o mesmo nome é surpreender-se com magníficas paisagens, diliciar-se com os sabores da gastronomia com influência oriental e apreciar a arte e a cultura Macua.
Passear em Nampula é muito bom...
Já alguém escrevia sobre a Cidade de Nampula o seguinte:
“Quando se cruzam os ares de Moçambique, Nampula surge resplandecente no meio de uma moldura imensa das rochas que a circundam, da verdura das copas que a definem e pela vastidão imensa se prolongam, emprestando-lhe ainda maior significado.
Mas se de dia resplende ao Sol que a inunda, escorrendo pelos edifícios e derramando-se pelas avenidas, de noite ela surge na cor feérica das suas luzes como farol imenso que de repente se acendeu no meio da noite que a rodeia.”
Estas são as três primeiras fotografias tiradas em Nampula.Aliás as primeiras foram tiradas à noite quando chegámos, mas sairam pouco nítidas.
Nampula continua sendo "Nampula a Linda", salvo um ou outro caso de puro descuido e desmazelo.De uma maneira geral não me decepcionou passados que foram 40 anos pensei sempre encontrar tudo bem diferente.
Apenas cheguei parecia que nunca tinha de lá saído, pois tudo me era familiar.
A Catedral de Nampula
O Conselho Municipal (Antigo Club do Niassa)
O Parque em frente à Catedral e ao fundo o Edifício das Repartições
Um jardim com uma diversidade de plantas e árvores de fruto cercam o complexo.
Ananás e flores
e até uma linda ramada de uvas que logo me chamou a atenção...
Esta terra é uma maravilha!
Aqui tudo se dá.
Estas mangas são uma especialidade, São frutos de mangueiras enxertadas e com um especial sabor.
Até a sua forma é diferente das demais mangas que conheço.
Excelentes!
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