O que resta de um banco de jardim...
Solitário, partido, como uma espera.
Quanto teria que contar este banco!
Esta Ilha é mesmo poética, mágica e inexplicavelmente serena.
Neste momento em que passávamos pela Ponte,
lembrei-me deste poema do Luis
O odor da imortalidade
deixo-o ficar aqui com esta foto
que tirei com o carro em andamento.
O odor da imortalidade
O som das ondas
Da minha Ilha
Perpassa o Índico
Invadindo o Atlântico
O cheiro do açafrão
Da pimenta e da canela
Instalado nas paredes
Perduram num tempo infinito!
Oh Ilha abençoada
Erguerei a minha voz
Através dos oceanos
Para que a tua história
Perdure através do Som
Dos nossos tufos
Dos nossos cânticos
Da nossa poesia
Da nossa dança!
Lisboa 25.03.2008
Luís Filipe Correia Mendes
Três fotografias da Padaria do Monapo
Resta unicamente esta esquina de parede
Segura por um tronco
Na parte de trás era a nossa casa rodeada de amoreiras e um lindo jardim.
Engraçado, mas tinha a ideia que havia aqui uma certa inclinação do terreno e agora está plano.
São muito anos, muitos mesmo...
Em frente às portas fechadas é hora de repouso
Onde outrora fervilhava azáfama, agora reina o silêncio.
Tudo cerrado apenas o alfaiate conserva o costume da minha mãe
Conserva o costume e o sorriso, pois tinha ouvido falar aos alfaiates mais velhos coisas de antigamente.
e estava agora ali eu ao pé dele...
Ao fundo do quintal permanece a casa, as papaieiras e o chão varridinho.
E aqui estou eu com os residentes actuais deste quintal onde cresci.
Foi bom, muito bom estar aqui.
Se essa rua
Se essa rua fosse minha
Eu mandava
Eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas
Com pedrinhas de brilhante
Só pra ver
Só pra ver meu bem passar
lá lá lá lá
lá lá lá lá
lá lá lá lá
Pois!
Por caminhos já andados...Netia à vista!
Aqui o nó na gargante começou a apertar, uma mistura de alegria e tristeza difícil de explicar.
Mas gostei sim, gostei muito!
Cá estamos nesta terra vermelha onde brincava e pensava...
Estamos perto, muito perto.
As bananeiras...que bom!
Embora não goste muito de bananas, destas estava-me mesmo a apetecer.
Netia
e agora imagine-se o que senti ao chegar aqui...
Este largo de gratas recordações!
Que lindo!!!!! (para mim, claro!)
É por isso que o Mundo não tomba só para um lado...uns gostam de umas coisas e outros de outras....
É esta a Casa nova das Irmãs.Foi aqui que nos receberam e com quem trocámos impressões sobre as suas vivências.
Fomos recebidas pela Ir. Hermínia
Depois estivemos numa breve reunião com as outras Irmãs onde se abordaram vários assuntos da vida quotidiana e dos problemas com que se deparam.
Dedicam-se essencialmente à formação de jovens investindo na sua educação, habilitando-as para o futuro como donas de casa, esposas e mães ou vida religiosa como também as ajudando no prosseguimento dos seus estudos.
Já de saída debaixo da mangueira conversámos mais um pouco.
Passadas as festas em família volto para continuar.
Desejo a todos que me acompanham um Novo Ano cheio de alegria, saúde e Paz.
Vou continuar a minha digressão virtual por terras Moçambicanas recordando uma inesquecível viagem que rrealizei em Novembro de 2008..
Claro que não estou a seguir "tim tim por tim tim" todos os passos dados, mas registo os momentos especiais de convívio durante as 3 semanas passadas no Norte de Moçambique recordando e revivendo todos os sítios e pessoas relatando aquilo que mais me marcou.
Num grupo de 18 pessoas há objectivos diferentes e maneiras de pensar diversificadas, por isso cada um viu e sentiu à sua maneira.Nestes relatos eu estou a falar por mim.
Aquilo que senti, a maneira como vi tudo e os objectivos que consegui alcançar no contacto com as pessoas e com as coisas chegaram para me encher plenamente de alegria sem falar no enriquecimento pessoal que daí advém.
Na próxima postagem irei mostrar a Casa das Irmãs de Nossa Senhora da Paz e da Misericórdia fundada por D. Manuel Vieira Pinto Bispo Resignatário de Nampula.
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